A saga dos vigilantes do Hospital
Regional José Fernandes Salsa (HRJFS), em Limoeiro, continua. Com dois salários
e três vales refeição atrasados, os profissionais começam a sentir a
dificuldade nos armários. A empresa RIMA Segurança justifica os atrasos
alegando que o Governo do Estado não vem repassando o valor do contrato nos
últimos meses. “A feirinha é sagrada. Não sei mais o que fazer, pois não posso
comprar comida no mercado tendo uma (conta) dentro”, comentou um vigilante. Dos
três vales atrasados, a empresa RIMA Segurança pagou apenas um. Mas nem todos
tiveram a mesma “sorte”.
A nossa reportagem coletou a
informação na portaria que dos 18 vigilantes lotados no HRJFS, 03 ficaram sem o
dinheiro que ajuda na feira. Sem
previsão de receber os salários, muitos profissionais já pensam em largar o
serviço e procurar outra atividade. Indagado o motivo da não paralisação, assim
como aconteceu no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, onde todos os
vigilantes cruzaram os braços, um revelou que todos os postos de trabalho são
indicações políticas, o que enfraquece a categoria na hora de cobrar pelos
direitos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT)
reuniu representantes do governo e da empresa de segurança em audiência no
último dia 30 de julho. De saldo, o sindicato da categoria (SINDESV) saiu sem
uma resposta positiva. O MPT determinou no despacho da audiência que a “Rima
Segurança providencie o levantamento e a inclusão dos valores devidos a título
de pensão alimentícia, a fim de que esses valores possam vir a ser liberados pelo
Estado e o restante, objeto de parcelamento, conforme almeja o Estado de
Pernambuco. (Imagem | Divulgação)