Pacientes do Hospital Regional José
Fernandes Salsa, em Limoeiro, estão enfrentando fila de transferência em
decorrência da falta de ambulância. Recentemente, um veículo foi retirado de
atividade e ninguém sabe qual o destino dado. Com a diminuição das unidades, recentemente, quatro
motoristas contratados pela empresa prestadora de serviço foram demitidos.
Segundo funcionários do hospital, que
pediram reserva na identidade, na madrugada desta quarta (29) dois pacientes
aguardavam transferência para o Hospital Pelópidas Silveira, no Recife, mas
pela falta de ambulância continuaram amargando a espera por um tempo maior do
que o devido. Outra informação coletada pela nossa reportagem indica que
ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão sendo
utilizadas para transferência, fugindo da sua real função, que é o atendimento
pré-hospitalar e encaminhamento para unidade regional.
O secretário de Saúde de Limoeiro e
membro do Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco, Orlando
Jorge, revelou durante entrevista concedida à Rádio Jornal, que a problemática vem sendo apresentada à Secretaria Estadual
de Saúde na pauta das reuniões do colegiado, mas sem uma resposta positiva.
“Essas questões sempre são pautadas na reunião do colegiado. E lá falei que a
ambulância UTI do Hospital Regional de Limoeiro sumiu. Inclusive, tenho a
informação de já existem demandas no Cremepe entre médicos em decorrência de
transferências utilizando a ambulância do SAMU”, disse Orlando.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde
informou que, levantamento realizado pela unidade, no primeiro semestre deste
ano, apontou que cerca de 80% dos casos atendidos no Hospital Regional foram de
moradores do município de Limoeiro. A maior parte desses pacientes enquadra-se
no atendimento de baixa complexidade, ou seja, deveriam ter sido atendidos nos
PSFs e não no Regional. Sobre a questão das ambulâncias, a SES esclarece que o
Hospital Regional de Limoeiro conta com uma unidade móvel para realizar a
transferência dos pacientes e que só precisou recorrer ao SAMU em casos
pontuais, onde havia risco para o paciente. (Imagem | Divulgação)